sexta-feira, 16 de julho de 2010

Crônica Cirobiana


Você sabe que uma mulher hoje em dia não se satisfaz com uma boa abordagem, muito menos com um bom papo, pois mulher não é tarada por cérebros sarados e sim por coisas materiais. Mas não desista, Tia Ciroba lhe dará algumas dicas...
Como vivemos numa crise comece levando flores – meia-dúzia de rosas vermelhas para começar -, mas se ela não cair na tua, não desista, dê a ela um ursinho de pelúcia. Se mesmo assim ela não se encantar, faça uma economia e tente algo do tipo, uma semijóia... Se ela mesmo assim não ceder, não desista, faça um consignável em 60 vezes e tente uma jóia bem mais cara. Conhecendo as mulheres, na certa ela aceitará e te prometerá ligar dias depois para marcar a trepada. Passaram-se vários dias e ela não ligou, você, em desespero, foi mais ousado, e deu a ela um Fiat 147. Na certa, sentindo-se ultrajada, ela lhe disse as mais apropriadas intempéries, do tipo: “Você acha que eu tenho cara de desmanche, seu filho da puta!”. Enfia este ferro-velho no teu cu”. Naturalmente, logo você percebeu que se tratava de uma dama e, desesperado, porque o esperma estava dilacerando seu cerebelo, você foi a uma concessionária e fez um financiamento em 72x de um Ford Ka e entregou a ela, envolto numa fita vermelha. Ela, como toda puta capitalista, não demonstrou entusiasmo, simplesmente lhe disse: “Ta legal, vou dar pra você, mas só daqui a três dias, porque estou de chico”. Você como um bom cavalheiro entregou a ela as chaves e a documentação do carro, pois confiava na vaca...
Enfim, chegou o dia! Banhou-se, colocou sua melhor roupa, borrifou seu melhor perfume, colocou no bolso um comprimidinho de Viagra, para garantir, pois nos últimos tempos as dívidas contraídas estavam lhe deixando estressado, e saiu à busca de sua tão sonhada trepada... Naturalmente você foi dirigindo seu Fiat 147 (aquele que ela te mandou enfiar no cu), mas como você é prevenido, porque o marcador do combustível poderia estar estragado, preferiu parar no posto para abastecer... Olhou as horas e calculou o tempo que levaria para chegar ao apartamento da sua dieta. Com o itinerário traçado, o tempo estimado, não vacilou, comprou uma Coca Cola e ali mesmo tomou seu Viagra...
Meia hora depois, enfim, chegou ao destino. Subiu os quatro andares, ajeitou a benga dentro da cueca, pois o “desgraçado” estava em estado de graça, chegou em frente à porta, respirou fundo, fez o sinal da cruz e... blim-blow!... blim-blow!... blim-blow... .... Ai, ai, ai!... blim-blow, blim-blow, blim-blow .... – Arrrrrgh - blim-blow, blim-blow, blim-blow, blim-blow, blim-blow, blim-blow, blim-blow...
- Hei, moço! – exclamou uma velha, saindo do apartamento ao lado – Ela viajou!

"É mais seguro tocar uma boa punheta a tentar aquela trepada”
(Tia Ciroba, em Ode a Punheta – copyhight – 2010)

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