quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Jeba Mediúnica


Tia Ciróba,
popozudas interestaduais seguidoras da religião de Maikoul Jéquisson, adoradoras de little chickens estão a vigiar seu afortunado blog atrás d pistas que denunciem o paradeiro da anã paraguaia. Fique d quatro, armada e na tocaia, q agora a bicha, quer dizer, o bicho, vai pegar. Responda: vc acredita que furor uterino de vidas passadas possa acalmar-se rapidamente, ou há gato neste balaio?

RESPOSTA DE TIA CIROBA:

Chove em Barcelona, Patrick...
Minha filha não sou cardecista, mas quebro um gaio arrastando correntes. Sinto que vc sofre da SÍNDROME DA PREDISTINAÇÃO DO LANHO ECTOPLASMÁTICO, isto é, uma espécie de falta de jeba mediúnica na xereca. Para realizar seu sonho na vida presente vá a um centro espírita, mas antes lave sua xereca para que vc não corra o risco da entidade não se manifestar. Faça com que o medium vista-se de camisinha (vide foto) e depois peça a ela para psicografar em sua buçanha a jeba de um judeu... depois é só esperar pelo vapor esbranquiçado que sairá da jeba mediúnica e gozar!
Tenho dito

Um comentário:

  1. E viva o verão......
    Mal posso esperar!!!!

    Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.
    Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.
    Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis.
    Mas o principal ponto do verão é.... a praia! Ah, como é bela a praia.
    Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.
    Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias.
    Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.
    O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando.
    Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias.
    Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia.
    E as crianças? Ah, que gracinhas!
    Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo seus MP5s enquanto dormem.
    As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo.
    Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar o poço pra fincar o cabo do guarda-sol.
    É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé.
    Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar!
    Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo.
    Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva.
    Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa.
    A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.
    Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor!!!!!
    Mas, claro, tudo tem seu lado bom.
    E à noite o sol vai embora.
    Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo.
    O Shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada.
    As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece.
    Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.
    O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família.
    Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical...
    Qualquer semelhança com a vida real, é uma mera coincidência.


    (Luis Fernando Veríssimo)

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